Duas semanas no Caribe Colombiano

Viagem com crianças

Parte I


Fortaleza San Felipe

Entre novembro e dezembro de 2017, viajamos por duas semanas pelo Caribe Colombiano com nossas filhas de 4 e 6 anos. De muralhas fortificadas às águas do famoso mar de sete cores. Da Cidade Heróica, tantas vezes invadida por piratas sanguinários e bombardeada por naus de nações inimigas, à  fé e à cultura do povo Raizal.  Sim, estamos falando de uma viagem entre Cartagena e San Andrés, viagem divida em três etapas. Primeiro, dois dias de ambientação em Cartagena, hospedados em um hotel de baixo custo no coração da Cidade Murada. Depois seguimos para San Andrés, para oito dias desvendando sem pressa os enigmas da ilha. Por fim, fechamos a viagem em família em um hotel formidável na região mais moderna de Cartagena. A seguir, detalhes dessa viagem inesquecível.


Deixando a capital federal
Chegamos para embarcar no aeroporto de Brasília por volta de 00h30 de um domingo. Antes mesmo do check in uma funcionária da Copa nos cobrou os certificados de vacina contra febre amarela. O vôo estava previsto para as 03h05. Nosso plano era aguardar na sala VIP. Porém, em que pese todo o avanço do aeroporto da capital, na madrugada ele ainda parece provinciano. Tivemos que aguardar até 01h20 para poder adentrar à zona de embarque. Com as crianças sonolentas e irritadas, se tivéssemos podido entrar antes teria sido menos desgastante.

Viajar de Copa foi tranquilo. Seis horas até a Cidade do Panamá, com uma tripulação simpática até você pedir algo como água para crianças que estão dormindo em seu colo. Daí eles fazem cara feia. Porém não podemos generalizar. Pode ter sido algo pessoal que não reflete o dia a dia de quem viaja com a empresa. Outros pontos negativos foram o avião apertado e a comida ruim. Como pontos positivos destacamos a pontualidade e a agilidade nos procedimentos de embarque e desembarque. Outro fator positivo foi a mudança de aeronave. Nossa conexão era de pouco mais de uma hora. Estávamos preocupados de termos de percorrer longas distâncias com as meninas dormindo no colo ou se arrastando. A boa surpresa foi ter desembarcado ao lado do portão para Cartagena.

A chegada
Em Cartagena, nos deram prioridade por conta de estarmos com crianças. Tanto a imigração quanto a alfândega correram de forma célere e sem problemas. Em ambos os procedimentos contamos com funcionários muito simpáticos e pacientes. Coisa rara de se ver em outros países. Talvez isso se justifique pelo tamanho do aeroporto e pelo tipo de público (basicamente turistas).

No aeroporto, sacamos pesos colombianos no cartão Visa Travel Money (VTM). Há dois caixas eletrônicos na extremidade oposta ao desembarque internacional. É uma distância curta a se percorrer dado que o aeroporto é pequeno. Havia várias casas de câmbio, mas já estamos veteranos o suficiente para saber que as cotações em aeroportos, em regra, estão entre a piores. De táxi, fomos para nosso hotel no centro histórico. Logo ao lado do portão de desembarque havia uma espécie de totem que serve para termos o preço do táxi. Marcamos o centro histórico e o ticket informou que a viagem custaria 13.300,00 COP. Valor pago diretamente ao taxista no destino. Como sempre o taxista não tinha troco e acabou ficando com 16.000,00 COP. Para referência, a melhor cotação para o COP (peso colombiano) encontramos em Cartagena (1,00 USD = 2800,00 COP).

Primeira acomodação em Cartagena
Calle Porvenir, a partir da varanda do El Viajero
Chegamos cedo ao hotel El Viajero II, reservado pelo Hotels.com para duas noites. Como anunciam no site, o quarto ainda não estava pronto, mas nos permitiram guardar as malas na unidade em que iríamos ficar. Daí seguimos para tomar café, bater perna pela cidade e almoçar. Quando retornamos, por volta das 14h, tudo estava arrumado. No quarto, que não dispunha de chuveiro quente ou frigobar, contamos com uma cama de casal, uma beliche e uma cama de solteiro.

Servido por TV e ar condicionado, o quarto era simples, mas nos atendeu perfeitamente. A unidade do El Viajero em que ficamos era nova e bem arejada, com janelões para uma bela vista da rua El Porvenir. A área compartilhada era servida por dois computadores com impressora e uma freezer. Quem viaja pela VivaColombia, por exemplo, pode fazer o check in e imprimir o cartão de embarque lá. Como a VivaColombia cobra por esse serviço, isso pode significar alguma economia.

A poucos metros do El Viajero II está uma unidade mais antiga do mesmo hotel. Usamos a cozinha dessa instalação para preparar e tomar café da manhã nos dois dias que se seguiram. Porém, observando a unidade mais antiga, achamos que fomos beneficiados em termos ficado na nova, dado que as escadas eram menos íngremes e os quartos mais arejados. Do hotel, se é possível ir caminhando para tudo o que interessa na Cidade Murada e inclusive para o Castelo San Felipe. 

Gostamos muito de ter ficado lá. Seguem mais detalhes de cada uma das etapas de nossa viagem.


1º Etapa: duas noites em Cartagena
No primeiro dia, quando voltamos do almoço, desmaiamos. Isso foi importante para nos recuperarmos da madrugada em trânsito. Depois do sono restaurador, seguimos para o passeio de charrete pelo Centro Histórico. Negociamos o passeio de 25-30min por 50 mil COP. Foi uma festa e tanto para nós e para nossas pequenas. Terminado o passeio, jantamos um misto de cuatro carnes, com salada extra e uma pequena jarra de suco de guanabara no restaurante Catedral. Tudo custou 45 mil COP já com gorjeta. O prato veio bem farto e nos serviu os quatro. Nosso primeiro dia se encerrou com nosso culto doméstico no quarto do hotel.


No dia seguinte, compramos os itens de café da manhã para dois dias em um mercadinho situado cerca de 50 metros à direita do hotel. Água, suco, iogurte, pães, croissant, barras de cereal e frutas saíram por 41 mil COP. Em seguida, fomos caminhando para o Museo Naval Del Caribe. O bilhete custou 25 mil COP por adulto, sendo que crianças a partir de 6 anos pagam 10 mil COP. Com manequins de colonizadores, índios e piratas, além  de simulações de cabines de navios e submarinos, o museu fez um grande sucesso conosco e com as crianças. Foi um experiência muito interessante conhecer a história da Colômbia e de sua armada naval de forma bem contextualizada. Também foi muito interessante conhecer em detalhes porque Cartagena também é chamada de Cidade Heróica; algo muito relacionado com todo o mal que os piratas e corsários lhe fizeram ao longo dos séculos.


Museu Naval: missão, explorar os mares do Caribe

Do museu naval tomamos um taxi (6 mil COP) para o shopping MallPlaza, onde almoçamos, tomamos café e sorvete, compramos água e frutas e seguimos a pé para o Castelo San Felipe (mesmos preços do Museu Naval).

Só foi chegarmos ao topo da fortaleza para cair um toró daqueles. Resistimos o quanto pudemos em uma estrutura de telhado colonial improvisada no local. Contudo, com o aumento do vento e da chuva tivemos que nos abrigar nas galerias e túneis da própria fortaleza. Para as meninas foi uma aventura. O melhor, logo a chuva passou e o tempo ficou firme. Então foi percorrer com calma o Castelo e caprichar nas poses para as fotos.

Do Castelo fomos andando para o Centro Histórico, passando pelo monumento da Índia Catalina. Até chegar à zona turística não é uma caminhada agradável. Se nem mesmo na Cidade Murada há acessibilidade por conta de desníveis e danos nas calçadas, dá para imaginar como é o lado de fora. 

No caminho do hotel, fizemos o lanche de final de tarde no supermercado Exito. Depois, tomamos banho, descansamos um pouco, tivemos nosso momento de culto e saímos para jantar na praça San Diego. Lá encontramos opções mais em conta para a janta. Optamos pelo menu del dia em um dos restaurantes da praça que recebia pagamento em dólar por uma cotação razoável (2700 pesos). Dois menus completos com sopa, carne assada (com salada, arroz e banana assada), mais limonada, custaram 24 mil COP.



Vovós, estou comendo direitinho

Voamos para San Andrés às 16h de nosso terceiro dia de viagem, uma terça-feira. Antes, porém, aproveitamos o tempo que dispúnhamos até o embarque para fazer câmbio, caminhar pelas ruas da Cidade Murada e almoçar no muito indicado restaurante La Morena.

  
2º Etapa: oito noites em San Andrés
Voamos para San Andrés de VivaColômbia, que tinha o bilhete bem mais em conta que as concorrentes Avianca e Latam. A Copa também possui uma low cost que voa para a ilha a partir de Cartagena: a Wigo. Entretanto, não conseguimos comprar a passagem por ela. Aliás, pagar esse vôo foi um desafio a parte; algo realizado pelo site colombiano da VivaColombia, depois que desbloqueamos o cartão de crédito para despesas internacionais.

No aeroporto, o guichê da empresa era um tumulto só com fila longa, lenta e bagunçada. Tudo muito confuso. Vale anotar que a própria empresa recebeu o imposto de permanência em San Andrés, mas apenas depois do check in. Só para obtermos essa informação tivemos de enfrentar mais uma fila. No mais, o vôo foi rápido e tranquilo. O mesmo ocorreu com os procedimentos para a entrada em San Andrés, quando passamos por algo que se assemelha a burocracias de imigração e alfândega.


Acomodação em San Andrés

Ficamos hospedados no Apartahotel Marbella (reservado pelo Booking.com) em todo o tempo em que estivemos na ilha. Foi uma escolha feita no escuro dado que não pesquisamos  a acomodação com a devida antecedência. Em verdade, fizemos essa reserva com duas semanas para a chegada em San Andrés.  Quando conseguimos pesquisar já não havia boas opções de AirBnB - nossa escolha usual - e nem mesmo vagas nos resorts. Contudo, para as circunstâncias acabou sendo uma opção que funcionou perfeitamente para nosso perfil.




Pausa para poses no centrinho de San Andrés
Trata-se de uma unidade nova, localizada no coração do centrinho de San Andrés e bem próxima à praia. Para se ter uma idéia, a placa do estabelecimento foi instalada durante nossa estadia. O proprietário é um jovem empreendedor turco-libanês chamado Fauad, alguém que esteve disponível todo o tempo, sempre preocupado em saber se estávamos bem acomodados. Na primeira noite, por exemplo, ficamos em um quarto sem janela. Porém, no próximo dia, diante de nossa solicitação, fomos prontamente acomodados em um quarto com janela.

No quarto, havia ar condicionado, chuveiro quente, frigobar e TV com canais nacionais e internacionais. Já o wifi funcionava precariamente. Nas áreas comuns, fora o corredor, havia somente um terraço onde tomávamos nosso café da manhã e secávamos nossas roupas. Esse foi o único inconveniente, dado que sentimos falta de uma estrutura de cozinha e lavanderia para fazer frente a mais de uma semana de estadia. Por outro lado, Fauad nos informou que em breve seus hóspedes contarão com uma cozinha.

Atividades em San Andrés: visão geral
Estar viajando com crianças não nos impediu de realizar os passeios usuais em San Andrés. O fato de termos disponibilizado oito noites na ilha também fez toda a diferença ao nos permitir desfrutar daquele pedaço do Caribe com muita calma. Dentro dos elementos que não podemos prever e controlar, o Bom Deus nos agraciou com um clima bastante agradável durante todo o período. Para ilustrar o quanto fomos agraciados, logo que chegamos e no dia que partimos os passeios para o Aquário e para Johnny Cay estavam fechados por conta do mau tempo. Porém, conseguimos fazer ambos com tempo bom. Além desses passeios, visitamos a Primeira Igreja Batista, realizamos a volta da ilha com um carrinho, fizemos snorkeling em West View, etc.

Ter visitado San Andrés em meio às comemorações de seu aniversário também rendeu boas experiências.Em mais de uma ocasião pudemos presenciar apresentações do povo original da ilha, os Raizais. Situado a mais de 700 km da Colômbia continental, o arquipélago composto pelas ilhas de San Andrés, Providência e Santa Catalina possui uma população que majoritariamente pouco tem a ver com a cultura latino-espanhola. Em verdade, é muito comum vermos nativos da ilha se comunicando em um crioulo do inglês com o francês e usando cores e trejeitos ligados à Jamaica. Pudemos experienciar isso em profundidade ao participarmos do culto na Primeira Igreja Batista, o qual foi processado em inglês.

Passadas as oito noites, já estávamos bem adaptado à dinâmica da ilha, mas já era hora de retornar para os três dias finais em Cartagena. Seguimos de táxi para o aeroporto (mesmos 18 mil COP da ida). Dessa vez, o embarque pela VivaColombia foi mais tranquilo, ao contrário dos procedimentos para saída de San Andrés que foram mais burocráticos, inclusive com direito até a revista de nossas pequeninas pela polícia depois do portão de embarque.

Piscina natural em Johnny Cay

Algo importante que já íamos esquecendo de registrar: na imigração nos cobraram os comprovantes de pagamento do imposto para permanência na ilha. Por sorte, havíamos os guardado junto aos passaportes. Abaixo segue um pouco de nossas experiências com as atrações de San Andrés.


First Baptist Church
Uma nota sobre a igreja localizada em La Loma, ponto mais alto da ilha. Construída em madeira, a igreja foi trazida dos Estados Unidos no século XIX. Hoje, o que para muitos parece apenas atração turística trata-se na verdade de um local de adoração a Deus e de ensino bíblico. Fomos ao culto de domingo a partir do centro em uma viagem de táxi que nos custou 15 mil COP. O culto começou 10h45 e terminou às 12h30. Fomos muito bem recebidos. Inclusive, havia um ônibus providenciado pela igreja que poderia nos levar gratuitamente de volta ao centro. Como o ônibus iria demorar um pouco para sair, resolvemos retornar de táxi. Gostamos muito da experiência. Para saber mais sobre a igreja e horários de culto, segue o link da First Baptist Church, San Andrés: https://www.facebook.com/pg/firstbaptistsai/about/?ref=page_internal


Primeira Igreja Batista, La Loma

Johnny Cay e Aquário
Realizamos o passeio para Johnny Cay juntamente com o Aquário. Contramos o serviço com a cooperativa localizada na Praia Peatonal, no centro. Diferente de muitos passeios vendidos por ambulantes que estão por toda parte,  a cooperativa cobrou pelas crianças o mesmo que cobrou por nós adultos (20 mil COP cada). Além disso, ainda tivemos de pagar  5 mi COP de taxa de entrada na ilhazinha, agora somente pelos adultos. Em nossa opinião, o profissionalismo da equipe compensou o custo adicional.

Saímos de barco de frente à cooperativa  às 09h e regressamos às 15h30. A primeira parada foi no Aquário, uma espécie de ilhota rochosa circundada de corais destruídos pela exploração turística desordenada. O conjunto de pedras e corais forma uma espécie de aquário natural onde se podem ver e quase tocar algumas espécies de peixe enquanto se pratica snorkeling. Na ilhota, há estruturas precárias utilizadas por ambulantes que, além de vender alimentos e bebidas, vendem e alugam sapatilhas e máscaras para snorkeling por preços superfaturados.

De lá, seguimos para Johnny Cay, ponto alto do passeio. Tão logo chegamos, já pedimos o almoço cujo o preço era tabelado. Dois pratos de peixe assado com arroz de côco e patacones (bananas fritas) nos serviram bem os quatro. No restante do tempo, nos espreguiçamos embaixo dos coqueiros que ficam no centro da ilhazinha, curtimos as crianças fazerem festa com as iguanas que estão por toda parte e aproveitamos um pouco da piscininha natural formada em um local mais retirado, à esquerda de quem olha para a ilha principal. Isângelo ainda fez a volta na ilha caminhando por suas bordas que combinam momentos de areia branca e rochedos compondo uma paisagem para lá de bonita.




West View
Fomos a West View no dia em que fizemos a volta da ilha com o carrinho. Depois do almoço no único restaurante próximo ao local, entramos para fazer snorkeling. Para ingressar, tivemos de pagar 5 mil COP por adulto. 

Não nos cobraram as crianças. Lá também pagamos preços justos para o uso do locker e pelo aluguel de máscaras e coletes ( 5 mil COP cada item). Realizar snorkeling em família tendo apenas o horizonte mar adentro foi algo extremamente prazeroso. 


 Único restaurante em West View
Decameron Rock Cay Club de Praia
Em San Andrés, também nos permitimos a experiência de “emprestarmos nosso tempo” para sermos alvos de tentativas de persuasão com vistas à contratação de um clube de férias. Já havíamos sido abordados nesse sentido em vários locais no Brasil e no exterior e nunca havíamos baixado a guarda. Porém, dessa vez resolvemos pagar (com nosso tempo) para ver o que a rede Decameron tinha a nos oferecer.  Conforme combinado com o camarada que nos abordou na praia, fomos pegos e deixados próximos à nossa acomodação depois de três horas em que vimos os vendedores colocar em prática as seis táticas de persuasão de Robert Cialdini e muito mais. Foi comovente e curioso presenciar palmas e músicas animadas a cada casal que comprava um título para usar os hotéis da rede por vinte anos. Curioso, pelo teatro que os vendedores faziam. Comovente, pelo olhar abobalhado das vítimas que pareciam perguntar para quem estava em volta “será se estou fazendo a coisa certa?”.

Esse quase experimento de psicologia social - exageros a parte - nos rendeu 50% de um pasa-día no Decameron Club de Playa Rocky Cay em San Luís. Uma economia de cerca de 90 reais que valeu mais pela experiência do que pelo valor poupado em si. As instalações desse Decameron são muito rústicas  e a comida não é lá essas coisas. Ainda assim, recomendamos o pasa-día no local. O livre acesso a banheiros, sombra, cadeiras de praia, água doce e bebidas, além de um buffet funcional nos permitiu o melhor aproveitamento da área.

O nome dessa unidade do Decameron, maior rede hoteleira em San Andrés, vem da ilhota Rocky Cay que pode ser acessada com água na altura do peito a partir de uma das praias mais bonitas da ilha. Contudo, presenciamos uma senhora quase se afogar na travessia. Então, recomenda-se cuidado especial para quem não sabe nadar, mas principalmente para idosos e para quem está viajando com crianças por San Andrés. Ao lado da ilhota rochosa há um navio naufragado. O conjunto Rocky Cay - mar de sete cores - naufrágio- praia de areia branca forma uma belíssima e inesquecível composição.



3º Etapa: três noites no Hyatt Regency Cartagena
Já familiarizados com a VivaColombia e com o aeroporto de Cartagena, a viagem de volta à Cidade Heróica e a chegada ao hotel foram bem tranquilas. Da mesma forma que ocorreu no final de nossa estadia em San Andrés, encontramos Cartagena com tempo bem instável, variando entre chuvas torrenciais e uma garoa constante, com poucos momentos de tempo firme. Contudo, pela Divina Providência, contamos com estiagem em nossos passeios de reencontro com a Cidade Murada. No primeiro deles, fomos até lá caminhando.

Baía de Cartagena a partir da janela de nosso quarto no Hyatt Regency
 Até chegamos a cogitar seguir com o plano original para o passeio duplo: oceanário e Arquipélago do Rosário. Entretanto, quando confrontamos o custo do passeio (cerca de 1000 reais) para nosso grupo familiar com o que o Hyatt tinha a nos oferecer, acabamos desistindo.
O hotel, situado na região mais moderna e afluente de Cartagena, está ao lado do Centro Comercial Plaza Bocagrande. Esse shopping é bem aconchegante com uma praça de alimentação repleta de opções e lojas que possuíam promoções atraentes. Jamais esqueceremos o crepe de frutas rojas que comemos no Crepes and Waffles de lá. Todavia, muito mais que a localização são as instalações que chamam mais a atenção no Hyatt. Tudo no hotel é imponente, da visão esplêndida que tínhamos da janela do nosso quarto para a baía de Cartagena até as quatro piscinas que parecem se derramar no oceano infinito a frente. Essas piscinas, aliás, fazem lembrar a famosa piscina de borda infinita do Marina Bay em Singapura.

Os três dias de retorno à Cartagena foram dias de descanso, desfrute da estrutura do Hyatt e passeios pela Cidade Murada. Não poderíamos ter fechado melhor nossa passagem pela Colômbia. Mas como tudo só acaba quando termina, aproveitamos a conexão de sete horas que nos separava do vôo de volta à Brasília, para percorrermos a Cidade do Panamá em um city tour.

Canal Miraflores
O sucesso da passagem pelo Panamá se deve muito aos excelentes serviços prestado pelo senhor Orville Kely (kellyorvill@yahoo.com), alguém bastante recomendado por brasileiros que administram blogs de viagem. Contatamos o senhor Orville em uma quinta-feira, sendo que viajaríamos no sábado. Conforme combinado por e-mail, logo que saímos da sala de desembarque ele estava a nos esperar para um passeio que foi das 09h às 13h50 com direito a duas paradas mais longas onde visitamos o antigo canal em Miraflores e almoçamos em uma marina com visão para o famoso skyline da cidade. O passeio também incluiu visitas rápidas ao Centro Histórico e à região abastada onde se situa a Trump Tower. Tudo ocorreu como planejado. Esse passeio nos custou 90 dólares, sem contar os gastos com almoço e entradas no complexo de Miraflores.


Retornamos para a Brasília revigorados e gratos a Deus por momentos inesquecíveis em família. Momentos marcados por ricas experiências com a história, os sabores e as múltiplas cores do Caribe Colombiano.  

No próximo post, traremos algumas dicas e informações sobre os custos dessa viagem com crianças por Cartagena e San Andrés.

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