Israel I - Jerusalém


Muro das lamentações

Para cruzar a fronteira com Israel, primeira tomamos um taxi para a borda jordaniana. Arranjamos o transporte com o próprio hotel, a quem solicitamos que acionasse o taxista que nos trouxe no primeiro dia, o Muhamed. Engraçado o suficiente que, quando disse o nome do taxista, a recepcionista disse que todos os taxistas atendem por esse nome. Por sorte, um membro da equipe do hotel conhecia o camarada e acabou dando tudo certo.


Esse deslocamento durou uma hora, onde cruzamos pequenos morros e vales. Muhamed nos deixou num ponto de onde seguimos a pé, algo em torno de duzentos metros, tendo nossos passaportes sendo sido checados duas vezes. Interessante, que em todas as ocasiões, depois que os policias sabiam de nossa nacionalidade, o semblante sisudo dava lugar a um Brasilia... wellcome Brasilia, we love brasilia.


Na imigração, solicitamos que nossa saída não fosse estampada no passaporte. Essa era a primeira parte do plano para não termos problemas na ida para casa por Dubai. O segundo passo era conseguir o visto de Israel numa folha separada de papel e o visto de regresso a Jordânia da mesma forma. Graças a Deus, todo esse plano arquitetado pela Eliane foi bem sucedido. É preciso dizer que qualquer vestígio de visita a Israel no passaporte inviabiliza visitas e passagens por Dubai, Síria, Líbano e etc. Egito e Jordânia, obviamente, não são problemas.


Dessa forma, depois de três horas e meia entre espera, trombadas com palestinos na imigração e interpelações por parte do exercito israelense, chegávamos à porta de Damasco, na velha cidade.
No primeiro dia, nos hospedamos no quarteirão mulçumano, no Hebrom Youth Hotel. Contudo, não gostamos nem do preço, nem do ambiente e resolvermos nos mudar para o albergue Citadel, no quarteirão cristão.

Ali, ficamos por três noites, tendo dormido a primeira no telhado, em saco de dormir olhando para estrelas. Nessa experiência, acordamos com sinos de igrejas e rezas mulçumanas, tendo no horizonte próximo cúpulas e torres de mesquitas, igrejas e sinagogas.



Acordando no teto - Citatel, Jerusalém


Já na chegada, fizemos um passeio por onde caminhamos por cima dos muros. No dias posteriores, fizemos um tour gratuito onde caminhamos pelos quarteirões mulçumano, cristão, judeu e armênio; visitamos o muro das lamentações, Monte do Templo, Monte das Oliveiras, Museu do Holocausto, Museu Bíblico, Mahane Yehuda Market e muito mais.



Jardim do Getsemani




Soldados em treinamento - Monte das Oliveiras



Como ponto negativo da visita, observamos que, principalmente, no que toca a cristãos e mulçumanos, a Jerusalém antiga, que na pratica é uma cidade medieval, está completamente entregue ao vil metal. Como dizem os anglofanos: It´s all about money.


Vende-se de tudo, de pseudo relíquias à falsificados chineses, os sítios tidos por sagrados estão imersos numa grande feira. Outro motivo de aborrecimento são os preços abusivos praticados contra turistas no que toca a itens do dia a dia. Para que se tenha uma idéia, um pão sírio que custaria 1,00 NIS para um nativo árabe, custa dez vezes mais para um turista. Numa ocasião desse tipo, depois de reclamar muito conseguimos o mesmo pão por 5,00 NIS, o que ainda é um absurdo.


Por outro lado, como saldo positivo da visita, podemos destacar o mergulho na história de Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Certamente, não há melhor lugar para se compreender e por as três em perspectiva as três maiores religiões monoteístas do mundo.




Portão de Estevão














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