Curso de inglês

Como vim na condição de dependente no visto da Eliane, a situação de trabalho e estudo para mim ficou muito flexível. Assim, contratei, ainda no Brasil, apenas um mês de curso de inglês com a Embassy, via STB, para realizar um tipo de test drive. No dia 17/01, compareci a escola e tive um dia de teste de nivelamento e inductioin training.




Classmates - Embassy School


No dia seguinte, terça-feira, iniciaram minhas aulas. Como havia optado pelo curso mais em conta, minha grade horária contemplava de segunda a quinta-feira: inglês geral de 8h15 as 10h45; 35min de intervalo para almoço; e logo após reiniciavam e se findavam às 12h15, nesse segundo turno cada dia era uma matéria diferente (redação formal, conversação ou listening em laboratório de informática). Na sexta, estudava apenas a classe principal de 08h15 às 11h30.
A escola fica na Oxford Street, uma avenida repleta de restaurantes, bares, lojas de conveniência, agencias de viagem e etc. O trecho onde fica a escola é o reduto da comunidade gay em Sydney. Há propaganda de eventos GLS por toda a parte.

Particularmente, uma professora colocou em sala e eu concordo, não acho ser um lugar apropriado para estudantes. Antes que alguém reclame dessa postura, quero dizer que sou obrigado a respeitar a escolha das pessoas, não a concordar com elas.


A Embassy conta com boa estrutura física e humana. O staff é muito bem preparado para o atendimento das necessidades dos alunos, embora, a escola careça de uma boa agenda de atividades sociais. Pontos positivos da estrutura física da escola: smartbord, amplo refeitório, boa biblioteca, boa disponibilidade de computadores, acesso gratuito a internet e impressão (há limite), controle de acesso (segurança), etc.



Ellie (Coréa), Chu (China)


Entretanto, também preciso ressaltar pontos negativos na escola que me levaram a optar por estudar em outro lugar. O principal aspecto negativo na Embassy é a ausência de uma política de “English Only”.

Por mais que os professores orientassem, o que mais se vê, as vezes em sala, mas, sempre nos corredores e refeitório, são pessoas falando em sua língua mãe. Outro problema consiste no pouco variável repertório de nacionalidades, no meu nível, a grande maioria dos estudantes era formada por brasileiros e koreanos. Uma sala de aula com essa combinação contribui muito pouco para o aprendizado.


Não se trata de preconceito. Se quisesse estudar com brasileiros ficaria no Brasil. Por outro lado, os asiáticos, salvo raras exceções, são muito retraídos e possuem muita dificuldade para se expressar.



No refeitório: Hoang Van (Vietnan); Yuang Lir (China); Tung (Vietnan)


Para que se tenha uma idéia, nas minhas duas últimas semanas na escola, convivia em sala com cerca de dez alunos, em média, sendo que sempre quatro ou cinco eram brasileiros a outra metade era predominantemente asiática.


Detalhe que os brasileiros, geralmente, são pessoas jovens que têm outras prioridades na vida (baladas, por exemplo), são pessoas que andam juntas o tempo todo falando em português.
Assim, fugindo dos brasileiros, sempre procurei comer minha marmita, no refeitório, junto aos orientais. Uma vez conquistada sua confiança, o asiático costuma ser bastante simpático.
Ademais, sobre o “excesso de língua portuguesa”, penso que o problema mesmo seja da escola, que é quem realmente precisa trabalhar essa questão. Esperar pela conscientização espontânea das pessoas é ingenuidade. Assim, segui o conselho que minha colega Raquel me deu ainda no Brasil e procurei outra escola.


Antes de falar sobre o processo de escolha da nova escola, preciso destacar que conheci entre brasileiros e outras nacionalidades pessoas incríveis na Embassy, dentre as quais vou citar Rodrigo, Aline, Adriana e Priscila, além do casal Fernando e Simone, que foram muito importantes em nosso processo de adaptação em Sydney.



Teacher Martina - Alemanha



PROCURANDO UMA NOVA ESCOLA...

Bem, decidido a procurar uma nova escola, cai em campo. Visitei inúmeros estabelecimentos, todos com preços entre Us$ 240 e 300,00, por semana, incluso o desconto que dão para atrair brasileiros. O problema das escolas em Sydney é que elas estão repletas de orientais (chineses e koreanos nas escolas mais caras; e tailandeses nas escolas de segunda linha). As escolas fazem de tudo para atrair ocidentais.


Teria ficado com a ACE, mas o pacote de 10 semanas me sairia por 3000 dólares, optei pela Universal que me custou 600 dólares a menos e de acordo com indicações de nossa flatmate, Flávia, e de minha visita em loco, possui excelente estrutura e localização, sendo que a carga horária é maior (2h30 a mais por semana). A Universal fica no coração da City, no Picadily Mall, na Pit Street.


Outra escola que me chamou bastante atenção foi a Eurocenter. Em minha visita, fui atendido pela dona, uma suíça que se casou com um brasileiro. A escola possui um bom mix de nacionalidades e atendimento personalizado, focado nos objetivos de cada aluno. Só não fiquei com eles por conta da distância da Shared. A Eurocenter fica muito perto da Central Station, um lugar privilegiado para quem está em homestay nos bairros mais afastados e precisa tomar o trem.


Por fim, vou falar um pouco sobre a Universal. Estou na terceira semana de curso por lá. Depois da prova de proficiência, fui classificado no upper intermediate, onde estudei durante as duas primeiras semanas. A escola possui um sistema contínuo de avaliação dos alunos, o qual chamam de avaliação 360º. Fui submetido a essa avaliação que consiste basicamente em uma entrevista personalizada com o professor. Nessa ocasião, fui promovido ao avançado.

Andressa (Asa Norte-Bsb); Telly (Salvador); Eva (Rép.Tcheca).

Estou gostando muito da escola, principalmente nos quesitos mix de nacionalidade (o predomínio brasileiro na foto acima é uma exceção à regra) e qualidade dos professores. Meu primeiro professor era um neozelandês, o atual, um nativo. Dois camaradas bem preparados para a tarefa. Ao contrário da Embassy, aqui há uma forte presença européia (suíços, tchecos e alemães, principalmente) além de vários colegas de origem latina. Os alunos também, em geral, são mais maduros. Deixei de ser o titio. Hahahah!
Os brasileiros, claro, também marcam presença. A exemplo do que ocorreu na minha classe anterior onde, por uma incrível coincidêcia, conheci a Andressa, que possui o mesmo nome de minha irmã e que também mora em Brasília.


(por Isângelo)

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