E lá fomos nós...

31/01 – Deixamos Brasília no dia 05 de janeiro, mas apenas agora encontramos tempo e fôlego para contar um pouco de nossas experiências do outro lado do mundo. Toda a pré-viagem foi muito penosa. Familiares, amigos e colegas de trabalho que acompanharam as últimas semanas que antecederam nosso embarque puderam acompanhar nossa correria às voltas com venda de apartamento, carro e moveis, além da batalha particular para conseguirmos o visto em tempo.

Enfim, depois de termos contato com as orações e suporte das pessoas que nos querem bem, recebemos nossos passaportes com os vistos às 17h para o vôo que estava por decolar às 19h30.
Bem, superada a emoção da despedida, partimos para nossa viagem de 06 meses, com previsão de 16 semanas de curso em Sydney e com o restante do tempo a ser empregado em um roteiro, ainda em esboço, que preliminarmente se dirigia ao restante da Austrália, Nova Zelândia, países vizinhos e breve stop no Oriente Médio.

O vôo de ida previa conexões em São Paulo e Dubai. Nesses casos, qualquer atraso pode significar a perda da próxima conexão. Em Brasília, apesar de embarcarmos no horário previsto, esperamos quase que quarenta minutos em solo. Com a decolagem autorizada, enfrentamos problemas para pousar em São Paulo, haja vista Guarulhos encontrar-se debaixo de forte chuva. Por conta disso, o avião ficou sobrevoando Ribeirão Preto por um longo tempo, até que o piloto informou que deveríamos pousar e esperar por lá mesmo até Guarulhos reabrir.

Quando, enfim, chegamos à capital paulista, funcionários da Tam informaram que não conseguiríamos realizar check in com a Emirates, empresa que nos levaria pelo resto da viagem. Se isso ocorresse seríamos encaminhados para um hotel e embarcaríamos no somente no outro dia. Se isso acontecesse não nos apresentaríamos no Hostel em Sydney na data prevista e além de perdermos o dinheiro relativo ao primeiro dia de hospedagem nosso quarto poderia ser disponibilizado para outras pessoas.

Assim, não conformados, retiramos nossas malas e literalmente corremos com mochilas e malas para realizar o check in. Chegamos ao guichê da Emirates que estava fechando. Graças a Deus conseguimos embarcar e continuar a viagem, que nos consumiu 38 horas entre vôos e conexões.
Apesar de tão celebrado, o vôo por uma das melhores companhias aéreas do mundo não representou tanto conforto. Aliás, talvez somente a primeira classe pudesse aplacar os efeitos de uma viagem tão longa. De tudo, cabe anotar que a breve visita ao aeroporto de Dubai já deu o tom da diversidade cultural que iríamos nos deparar ao longo da viagem.

Já em Sydney, primeiro contratempo: não havia mais serviço de transfer pelo hostel. Apesar de ter contratado hospedagem com o receptivo, quanto ligamos para o hostel recebemos a informação lacônica de que o serviço de transfer era apenas até as 20h e já eram passados 30 min das 22h. Temos que destacar que isso aqui é muito comum. Os anúncios dizem algo, mas informações importantes como essa são omitidas. Bem, tentamos comprar bilhetes para irmos de trem, mas o guichê de venda estava fechado. Havia maquinas para compra, porém, só possuía uma nota de 100 dólares australianos e a maquina somente aceitava no máximo de 20.

Por fim, pedimos informações para trabalhadores indianos que estavam voltando para casa depois de trabalharem no aeroporto e esses disseram que nesse caso, estando as roletas abertas, poderíamos viajar de graça. Como já tinha passado por experiência semelhante em Londres, fizemos como disseram. Entretanto, quando chegamos à estação Kings Cross, as roletas estavam fechadas e somente poderíamos sair com tickets válidos. O pior, além do fiscal do trem havia quatro policiais do outro lado da roleta. Já somos crescidinhos para saber que em país desenvolvido se faltar a disciplina consciente o bolso paga e paga caro. Não nos sobrou outra alternativa a não ser tentar se justificar para o fiscal, que, graças a Deus, foi camarada e apenas nos orientou a embarcar com tickets validos em viagens próximas. Ufa!!! *rs*

Enfim, nos primeiros minutos do dia 08/01 conseguimos entrar em nosso novo quarto, no Backpacker Head Quarter, tomar um banho e descansar.