Paraná, Argentina, Chile, Uruguai e Serra Gaúcha/2007

Diário de uma jornada 

Entre maio e junho de 2007, percorremos uma verdadeira jornada. Do Atlântico ao Pacifico, por terra, céu e mar, nos deparamos com: a força das Cataratas, a vastidão dos pampas sul-americanos, a imponência das cordilheiras dos Andes, o assombro provocado por um semáforo de alerta vulcânico e muito mais.
 Contaremos um pouco dessa história a seguir.




Comecemos por nossa chegada em Curitiba: 

1º dia
 - Curitiba 
20/05 – às 20h30, desembarcamos no aeroporto de Curitiba. Tomamos um ônibus expresso e descemos no ponto em frente ao Shopping Estação. Nos hospedamos no Albergue Roma, que deixou muito a desejar. A temperatura na cidade, 5º graus, era um prelúdio do que encontraríamos em nossa aventura pelo cone sul.

2º dia
 - Curitiba - Morretes - Paranaguá - Ilha do Mel 
21/05 – Tomamos um bom café da manhã. Como não havia Jardineira, tivemos que mudar os planos. Pretendíamos circular pela cidade para no próximo dia seguirmos para a Ilha do Mel. Assim, tomamos um táxi que nos deixou próximo ao guichê da Litorina. Por muito pouco não perdemos o trem, que saiu ás 08h. Almoçamos no restaurante Casarão, em Morretes. Comemos o prato tradicional da região: o barreado. Ás 13h20, saímos para Paranaguá. De Paranaguá seguimos para a Ilha do Mel. O barco saiu ás 15h30 e demorou 1h30 para chegar. Hospedamos-nos na parte da ilha chamada Brasília. Ficamos no hostel chamado Pousadinha. Conhecemos uma canadense de 19 anos, Evangeline, que havia passado 30 dias no Chile, participando do programa “Work in a Farm” da WWOOF. Ela já havia percorrido a Bolívia, Argentina, Peru e Foz. Juntos, jantamos peixe com camarão, uma delícia.

3º dia - Ilha do Mel - Curitiba 
22/05 – Acordamos ás 07h30. Estava chovendo. Tomamos o café da manhã. Muito bom, por sinal. Juntos a Evangeline, fomos caminhando até a Fortaleza, 4 km. De lá para o mirante, há uma subida íngreme, 500 m. Despedimos-nos da Canadense que pretendia visitar outros pontos da ilha e em seguida caminhamos 25 minutos até o Farol. Almoçamos pescado. Às 15h, tomamos o barco para Pontal. Da marina de Pontal até a rodoviária da cidade, de onde voltaríamos para Curitiba, andamos 3 km. Em Curitiba nos hospedamos no Hotel Maia, em frente à estação rodoferroviária. No hotel, havia edredom, TV á cabo e café da manhã. Jantamos na rodoferroviária.



Trem para Morretes
Serra do Mar
4º dia- Curitiba 
23/05 – Tomamos um café da manhã básico. Após, seguimos de coletivo, para o Jardim Botânico. De onde pegamos a jardineira. Visitamos a Ópera de Arame, o parque Tanguá, a Torre Panorâmica, Memorial Polonês, museu Oscar Niemeyer e almoçamos na Santa Felicidade no Restaurante Casa dos Arcos. No final da tarde estava muito frio e já estávamos cansados de tanta andança. Tomamos um coletivo para a Rua Visconde de Nácar, onde fica a Igreja Cristã Maranata, da qual somos membros. Buscamos as mochilas no hotel e ás 22h15 tomamos o ônibus para Foz.
 

5º dia - Foz do Iguaçu, Ciudad Del Este
24/05 – Chegamos em Foz ás 07h25. Tomamos café da manhã. Como o HI, que fica no centro da cidade, estava ocupado, nos hospedamos no hotel Três Fronteiras. No hotel havia piscina, mas o frio a inviabilizava. Pela manhã descansamos. Almoçamos em um restaurante localizado em frente ao hotel. Depois, fomos a Ciudad El Leste. Compramos uma filmadora JVC. Não fizemos boa compra porque um paraguaio muito estranho ficou nos seguindo dizendo que era guia turístico. Pensei em dar um chega para lá nele. Porém, temi que pudesse buscar reforço. Para não por a segurança da Lili em xeque, decidimos comprar o que deveríamos e sair o quanto antes daquele lugar. Já em Foz, passamos 1h15 em uma lan house para contato com a família. Á noite, fomos à igreja. Jantamos na Pizza Hut, com a carteira internacional de estudante pagamos 15% menos.
 


6º dia - Foz do Iguaçu
25/05 – Excelente café da manhã. Fomos à Itaipu. Para uma hora de visita mais filme, a entrada é gratuita. Para a visita interna, cobram trinta reais. Não pagamos. A imponência da estrutura chama a atenção. Depois, fomos para a Rodoviária comprar passagem para Córdoba. Só encontramos passagem para semi-leito, com saída ás 10h15 do domingo, ainda assim, com cadeiras separadas. Tivemos que sacar para pagar a passagem, que não poderia ser paga com cartão. Mais a frente, descobrimos que se tivéssemos comprado as passagens em Puerto Iguazu teríamos despendido menos, em Pesos argentinos, e em ônibus leito. Almoçamos na rodoviária mesmo. Da rodoviária fomos para as cataratas brasileiras. Havia as visitado em 2001. A diferença agora era gritante. Infraestrutura e profissionalismo mostram o quanto a estabilidade econômica fez bem para o país.

7º dia - Foz do Iguaçu - Puerto Iguazu
26/05 – Levantamos às 07h. Ás 08h, tomamos café, pagamos o hotel e pegamos um ônibus para o Duty Free argentino. Chegamos lá cedo, mas o estabelecimento somente abre às 10h. Tivemos que esperar um bocado. Enquanto esperávamos, fizemos câmbio de moeda. Esperava mais do Duty Free. Tudo estava muito caro, cobravam em dólar e havia poucas opções. Nos hospedamos na hospedagem Don Fernando, que fica em frente ao terminal de buses. Após almoçar, procuramos uma agência no terminal e contratamos a passagem para as cataratas + grand aventura (espécie de passeio de barco pelo rio). A estrutura do parque das cataratas no lado argentino parece ser a mesma desde 2001. Entretanto, não havia melhor momento para realizarmos a visita. Como havia chovido muito naqueles dias, o parque havia estado fechado por um tempo dado o volume de água. Assim, conseguimos ver as quedas d’água em sua máxima força.
 No final do dia, procuramos uma lan house para entrar em contato com o Brasil. No local, o dono estava aos berros com a família. A bronca parecia estar relacionada ao fato de alguém ter se esquecido de ligar o freezer e terem perdido todos os picolés. Como a situação estava muito constrangedora, pois o cara chegava a espancar o balcão do local, fomos embora. No caminho de volta para a hospedaje compramos frutas.
Cataratas do Iguaçu

8º dia - Puerto Iguazu e estrada
27/05 - levantamos ás 08h, tomamos café ás 09h. Bem fraquinho. Compramos para a viagem: barras de cereal + biscoitos + achocolatado + alfajores. No terminal, muito limpo e organizado, só pudemos passar para o local de embarque 15 minutos antes da partida. Vinte minutos depois que partimos, fomos abordados pela Gerdameria Nacional argentina. Tivemos que apresentar os documentos de entrada no país. Passamos por El Dorado, onde, no terminal, compramos biscoitos de queijo. Durante a viagem, a companhia serviu sandwich no almoço, e frango pão e batata na janta.


9º dia - Córdoba
28/05 – chegamos às 09h em Córdoba. No terminal, já compramos passagem para Mendoza, para o dia seguinte à noite, ás 20h30. Por sugestão, procuramos o Hotel Entre Rios, mas não gostamos da higiene e fomos peregrinar em busca de um melhor. Escolhemos o residencial Corrientes, com calefação, tv à cabo, café da manhã e banheiro privado. Como estávamos cansados, dormimos e só levantamos às 15h. Almoçamos em um shoppingzinho na calle Corrientes, (Pollo + papas +salada + dois sucos + 2 capucinos). Depois, passeamos pelo Centro. Na plaza San Martin, no centro de informações turísticas, nos informamos e tomamos um City Tur. Conhecemos a história da cidade, museus, igrejas, praças, universidade de artes, prédios antigos e etc. Valeu a pena. À noite fomos a uma Lan no Centro. Nossa hospedagem foi no Residencial Corrientes, Calle Corrientes 570; tel. (0351) 422 6049-5000.

10º dia - Córdoba
29/05 – Levantamos às 08h30. A Eliane lavou o cabelo e a senhora Mirtes, simpática dona do residencial, nos trouxe o café da manhã, pontualmente ás 09h, conforme combinado. Resolvemos passear pela Villa Carlo Paz, que tem um clima romântico e muitos vira-latas que desinteressadamente seguem as pessoas. No terminal da vila há empresas turísticas com passeios de meio dia ou dia inteiro. Ofereceram-nos um passeio para serra onde poderíamos ver neve. Não fizemos, porque sabíamos que veríamos neve muitas vezes no decorrer da viagem. Passeamos pela vila e almoçamos por lá. Voltamos para Córdoba por volta das 13h. Na cidade, passeamos pelo centro e compramos itens de inverno: luvas de lã, gorros luvas para neve, calça de lycra para atleta para evitar assaduras, meias femininas para inverno, etc. Daí, visitamos o museu universitário, 1ª universidade da argentina, 2ª da América do Sul (1ª foi Lima); visitamos a faculdade de Derecho de Córdoba, prédio que une o novo ao antigo. Cansados e com Eliane espirrando muito, seguimos para o principal Shopping da Cidade !O!, para descansar em segurança. Terminamos a espera pela partida em uma lan house. Após o jantar, embarcamos para uma viagem pelo Mar Del Plata. Serviram a cena e desayuno. Viagem muito tranqüila.


11º dia - Mendoza
30/05 – Chegamos às 8h da manhã em Mendoza. Por estarmos no limite do fuso Argentino, estava escuro. Andamos muito atrás de um hotel. Enfim, com a ajuda do Guia, encontramos o HI Mendonza. Ficamos com um quarto para casal, sem TV, dormimos até às 13h. Saímos pela cidade: visitamos a Praça Independência, pequeno Museu de Arte Moderna, Museu Legislativo, Parque San Martín e o Cerro da Glória. Esse último é visita indispensável. Almoçamos na esquina da Calle San Martín com a Calle N. Allen. No fim da tarde, decidimos comprar passagens para Santiago. No Hostel baixamos e salvamos fotos. Carregamos pilhas, navegamos na internet.

12º dia - Mendoza
31/05 – Acordamos por volta das 09h45. Estávamos cansados. O café foi razoável (sem frutas). Lavamos algumas peças de roupa. Decidimos ficar mais um dia. Para trocar as passagens no terminal, pagamos 30% de multa. Almoçamos em um restaurante simples, em frente ao hospital, na San Martin. No centro cambiamos alguns dólares. De volta ao hostel, ingrata surpresa, não havia vagas para rafting +treking +rapel. Havia somente para rafting e mesmo assim dependeria de que aparecessem mais voluntários até às 20h. Para não correr o risco, aceitamos um treking de dia inteiro nas cordilheiras frontais.

O passeio para as budegas  atrasou trinta minutos. Conhecemos uma budega industrial e uma artesanal, mais requintada. Havia dois casais de brasileiros, ambos do Rio. O guia, mesmo sendo argentino, só falou em inglês. Durante o passeio conversamos mais com um dos casais, Tina e Jorge, ambos, muito legais. Na visita à igreja da Padroeira do vinho, cruzamos a rua e comemos deliciosos empanados. Aproveitamos para praticar o inglês com três europeus. Regressamos para o hostel por volta das 18h30. Cambiamos reais e dólares no câmbio Santiago. Depois do câmbio, fomos às compras no Centro. Encerramos o dia jantando massa (ravióli de carne e legumes com empanados uma delícia).

13º dia - Mendoza
01/06 - Saímos do hostel para o treking, 08h55. Até a montanha foi uma hora e meia. O guia, Humberto, era brasileiro (atlasmoutain@hotmail.com). Nosso ponto de apoio foi o refúgio San Antônio. Na van, conhecemos o fotógrafo, que se auto chamava Gato. O cara cobrou Arg$ 25,00 por mais de cem fantásticas fotos em um Cd (gostamos tanto que pagamos Arg$ 40,00, para valorizar o trabalho do dele). Os olhos dele encheram de lágrima quando dissemos que o trabalho dele não tinha preço. Do treking, também, participou um casal inglês (Soyman e Kate). Sem dúvida esse treking foi uma experiência inovidable. Regressamos ao hostel, exaustos, por volta das 20h. Dados da aventura: cordilheira Arenales, 3500 metros de altitude, 6h entre subida e decida, 11km de caminhada. Para repor as energias, jantamos em um restaurante italiano, San Genaro (pizza de mussarela com azeitona e tomate + postre – flan com doce de leite). DELÍCIA!


14º Dia - Mendoza - Cordilheiras - Santiago
02/06 – levantamos às 7h. Embarcamos às 09h para Santiago. Fomos para a rodoviária a pé. Aliás, quase todo o tempo percorremos as cidades a pé. Pensávamos que haveria água no ônibus da Andesmar. Ledo engano. O Staff era muito grosseiro. O ônibus tinha um apito que era acionado todas as vezes que a velocidade do veículo excedia 90 km/h. Isso quase nos enlouqueceu. Pedimos várias vezes para que esse sistema fosse desligado, mas o motorista nada fez. Ainda assim, as imagens da “Ponte del Inca”, Aconcágua e das demais cordilheiras fez com que tudo tenha valido a pena. Durante a viagem, conhecemos uma alemã muito simpática. Ela nos apontou o pico mais alto das Américas, a ponte Del Inca, além de outras atrações no caminho. De quebra, a jubilada e viajada senhora nos indicou o Hotel Paris, que fica na Calle Paris, próximo à igreja São Francisco no Centro de Santiago. Conhecemos, também, um casal australiano que se tornou um dos principais personagens das histórias marcantes da viagem. Ocorreu que quando descemos na aduana para realizar os trâmites legais entre Argentina e Chile, o australiano ficou para trás. A australiana que não sabia falar a língua dos hermanos, desesperada, pediu ajuda a Eliane, que fala espanhol. Já estávamos há uns trezentos metros da aduana. Eliane pediu para que o motorista, argentino, diga-se de passagem, retorna-se para buscar o deixado para trás. O motorista limitou-se a dizer secamente: “se quedó, quedó!” Com a insistência de minha guapa, o cara parou, mas disse que não abriria a porta. Com mais insistência, resolveu abrir. Foi quando o australiano apareceu com olhos esbugalhados, rosto vermelho e respiração ofegante. Chegamos em Santiago ás 17h. Voltamos o relógio uma hora. Ficamos no hotel Paris, em quarto de casal, com calefação, Tv acabo, banho particular. Esse hotel fica na calle Paris, esquina com a calle Londres. Achamos a igreja, onde fomos muito bem recebidos pelos irmãos. Encontramos uma lan house onde acessamos nossos e_mails.

15º Dia - Santiago
03/06 – participamos com os irmãos do culto pela manhã. Conhecemos o pastor Zigfrid, do Paraná. Tomamos café com os irmãos e fomos dar uma volta pela cidade. Conhecemos a Plaza de Armas, que estava repleta de famílias que se divertiam vendo as apresentações de rua (robô homem, homem bateria, desfile com crianças que ali estavam, telescópio para ver saturno, evangélicos pregando... ali se vê de tudo).  Em Santiago, optamos por visitar três museus: o Museu Nacional Histórico, o Palácio de La Moneda  e o Museu Precolombino.   Nesse último, vimos dezenas de múmias chinchorros, que eram um povo de pescadores que viveu no norte do Chile e Sul do Peru há mais de sete mil anos. Muitas múmias são mais antigas que as egípcias. Porém foi no Museu Nacional que passamos horas e horas conhecendo a história de formação do Chile. Sem dúvidas, a história de lutas do povo chileno nos leva a muitas reflexões.



Único Moai fora da Ilha de Páscoa (segundo os chilenos)
16º dia - Santiago - Vinha Del Mar - Valparaiso 
04/06 – levantamos 8h10, tomamos café no hotel. Fechamos a conta.  Tomamos o metrô para a estação Universidade de Santiago. E fomos a Viña Del Mar pela Tur Bus.  De lá, contratamos um city tur por Vinha e Valparaiso, fizemos pela Rodo Tur. Conhecemos o único Moai original fora da Ilha de Páscoa, um Rodin original, Biblioteca Municipal, Palácio Carrasco, Laguna e estádio Saulo Saulito; Parque, anfiteatro, Palácio Vergana, Casa do Pablo Neruda (fechada pois era segunda-feira), elevador do morro com mirador, antiga Escola Naval, relógio de flores e muito mais. Almoçamos na renhaca, paella + crush. De Viña, embarcamos às 20h30 para Pucon.
 Em Viña, pela primeira vez molhamos nossos pés nas águas do Pácifico.


17º dia - Pucón
 
05/06 – Depois de uma viagem incomoda que me deixou com dores musculares no pescoço por dias, chegamos a Pucón às 09h30. No terminal, fomos abordados por um casal que nos ofereceu um quarto com aquecimento, TV à cabo, acesso a internet e vista para o Vulcan. Ainda assim, fomos ao hostel sugerido pelo guia, mas o atendimento demorado e perspectiva de um preço superior nos irritaram e fomos embora. Então, regressamos para o hostel Pucon Sur, em frente ao terminal Tur Bus. Lá conhecemos o dono, o senhor Emílio. Conhecê-lo foi uma das melhores experiências da viagem. Enquanto Eliane dormia, ele me mostrou quase que toda a pequena cidade e ainda me levou a algumas agências para ver passeios. Ele me ajudou a pechinchar preços. Optamos por fazer, naquela tarde, o Tur por la zona. Conhecemos a história do vulcão, alguns bosques, quedas d’agua, lagos, rio subterrâneo e uma terma. Muito fraquinha, diga-se de passagem. Conhecemos um casal brasileiro. Ele, Rogério, dentista, ela aventureira, havia feito o desafio dos vulcões da Patagônia. Foi legal ouvir suas histórias. Conhecemos também um casal do Panamá, o Arnaldo Rodrigues. E um casal chileno, Pato e Lucia (lucia@mi.cl). Foi muito agradável. Porém seria mais proveitoso ter alugado um carro ou feito tudo de bike. Á noite, por volta das 23h, um casal do Texas bateu à porta. Haviam perdido o ônibus. A moça estava grávida. Deixamo-los entrar. O Alemão que estava na casa, Emanuel, os conhecia. Tentamos acionar o senhor Emílio, mas não tivemos êxito. O jeito foi deixar que o casal pernoitasse. Entretanto, passamos o preço por pessoa, para quarto com banheiro coletivo (5.000 pesos). Quando levantamos pela manhã, os texanos e o Emanuel haviam ido embora. O casal havia deixado apenas cinco mil como pagamento. Facínoras!
 

Vulcão Villa Rica - Pucón
18º dia - Pucón 
06/06 – Levantamos às 06h da manhã. Tentamos escalar o Villa Rica. Chegamos até a base, mas a chuva não deixou. Voltamos para o hostel para dormir. Almoçamos o sandwich que comeríamos na montanha. Estava horrível. Como estava chovendo, passei à tarde na Internet e a Eliane conversou, pelos cotovelos, com o senhor Emílio. Mostramos para ele algumas fotos de nosso casamento. Foi muito legal. Por volta das 15h30, mesmo chuviscando, saímos para andar um pouco pela cidade. Conhecemos uma pequena marina, a playa de Pucon, a praça da cidade, o lago.... Comemos um salmão delicioso com papas + arroz. Por fim, compramos as passagens para Puerto Varas; para 08h10 do dia seguinte.
 

19º dia - Pucón - Puerto Varas 
07/06 – Levantamos às 06h30. Preparamos o café e terminamos de arrumar as malas. O senhor Emílio fez questão de nos levar para o terminal. Apesar de ter comprado os bilhetes no terminal Turbus, embarcamos no terminal JAC, calle Uruguai nº 505. Depois de 05h40 de viagem chegamos a Puerto Varas. Estava parcialmente nublado. Não dava para ver o Osorno. Depois de muito caminharmos, decidimos ficar no hotel Del Bosque, ladeira da Calle Santa Rosa, próximo à Plaza das armas. Os preços de hospedagens em Puerto Varas estavam muito elevados, quando comparados ao que havíamos encontrado até aquele momento. Almoçamos em um dos restaurantes da Plaza de Armas. Peixe espada + salada + papas + arroz + 2 refris. Descobrimos que com o aluguel de um carro daria para ver o que precisávamos em Puerto Varas e arredores. Para manter viva a possibilidade de voltar a Pucón e subir o Villa Rica, reservamos um carro por três dias. Assim, se o tempo melhorasse em Pucon poderíamos volver.

20º dia - Puerto Varas - Llanquihue - Ancud 
08/06 – acordamos às 08h. Foi o melhor café da manhã que tomamos no Chile. Fomos buscar o carro. Pagamos com cartão. Voltamos ao hotel, fechamos a conta. Pegamos algumas dicas e seguimos para os Saltos de Petruhuê. Demos um rolé pela cidade, onde conhecemos o cerro Philip, que não possuía nada de interessante, só vimos dois cães e uma tirolesa que só funciona no verão, muito cara por sinal. De lá, seguimos para o parque a fim de ver os saltos. Percorremos 65 km. Tiramos fotos, filmamos e fizemos todas as trilhas. Encontramos salmons mortos e conhecemos uma parte do ciclo de vida deles, que nascem na água doce, passam a maior parte da vida no mar e voltam para morrer ali. Almoçamos em um lugar muito legal, no entroncamento dos saltos com a subida para o Osorno. O restaurante era muito aconchegante e possuía até uma praia artificial. Voltamos para tentar subir até a base do vulcão. Passamos por um mirador. Tiramos poucas fotos, porque chegamos em um ponto onde estava nevando muito e não havia viva alma perto. A Eliane foi acometida de pânico. Esperamos chegar a um lugar seguro para manobrar e, então, descemos. Voltamos para Puerto Varas e então seguimos para Chiloé. Percorremos 66 km até chegar em Parnagua, onde tomamos uma balsa para a ilha. Meia hora de balsa. Em Ancud, procuramos por acomodações. Ficamos no hotel, Lincuy. Pertinho da Plaza de armas. Telefonamos para casa a partir de uma central de chamadas onde a mulherzinha discava, desligava na cara da pessoa no Brasil e mandava que corrêssemos para uma cabine que era selecionada na hora pelo sistema. Aliás, em Chiloé passamos por outras situações cômicas. O atendente do hotel, por exemplo, forçou o maior portunhol comigo. O cara disse que estava aprendendo português. Quando perguntei como, ele puxou um livro de história do Brasil editado em 1954. Loucura total. Outro fato engraçado ocorreu em uma hospedagem. A porta do estabelecimento tinha uma parte de vidro de forma que se poderia ver quem estava dentro e vice-versa. Ocorre que quando batemos na porta uma senhora ficou fazendo gestos que não conseguimos entender. Insistimos com as batidas, ela veio brava, abriu a porta e ficou apontando uma cordinha que fica pendurada pelo lado de fora. Foi quando entendi que ela queria que tivéssemos puxado a corda que desarma o trinco e abre a porta. Como iríamos adivinhar?
 


21º dia - Ancud - Caulin - Puerto Mont
 
09/06 – Depois de termos dormido o quanto agüentamos, levantamos ás 09h. Encerramos a conta e fomos passear pela cidade. Para estacionar no Centro e na via costeira deve-se pagar. O mais interessante fica do lado de fora. Um esqueleto de uma baleia azul. Saímos para procurar pontos interessantes e encontramos um mirador que dava para o mar. Lugar lindo. Cenário de cinema. Havia um lobo marinho preguiçoso numa ilhota. Muito legal. No mercado municipal, compramos duas bufandas para presente. Almoçamos no restaurante La Corita. O restaurante fica atrás do mercado central, pode-se escolher outro prato para repetir que sai de graça. Por volta de 15h, saímos de volta para o continente. No caminho, resolvemos entrar em Culan para fotografar flamingos. Como não havia lugar para estacionar, deixamos o carro no estacionamento de um restaurante. A vizinha do estabelecimento disse que era melhor estacionar na praia. Perguntamos se havia algum perigo do carro atolar na areia. Ela disse que não. Que muita gente estacionava lá e que não havia perigo. Tolos, acreditamos. Passeamos pelo local que é paradisíaco. Porém, na hora de ir embora ocorreu o óbvio. O carro atolou. Ocorre que eram quatro da tarde. Depois do trópico de capricórnio. Rapidamente, cairia à noite e, por certo, subiria a maré. Corremos para buscar socorro. Tentamos duas residências e nada. De repente, a Eliane avistou um caminhão de entregas. Corremos e o alcançamos. Os trabalhadores muito solícitos nos ajudaram. Todos esfolamos as mãos, na areia grossa e fria do pacífico sul. Enquanto, com os trabalhadores e um casal de jovens apaixonados, nos esforçávamos para retirar o carro, um borracho ficou o tempo inteiro pedindo dinheiro para nos resgatar com sua caminhonete. Por fim, conseguimos tirar o carro. Porém, o caminhão dos chilenos ficou preso. Graças a Deus, minutos depois todos nós estávamos livres. Ofereci dinheiro para o rapazinho, mas, ele não aceitou. Por certo, pensou que se aceitasse seria menos herói diante de sua garota. Os entregadores, com muito custo, aceitaram $ 5.000,00. Para o borracho, não demos nada. Para ele deixar de ser oportunista. Da aventura, seguimos, finalmente para o continente, novamente cruzando de balsa. Chegamos em Puerto Mont e logo procuramos uma lan para saber do clima em Pucón. Foi-se nossa última chance de subir o Villa Rica, o tempo estava ruim. Ficamos no hotel Encadil, em quarto de casal com TV á cabo, banho privado e estacionamento. Jantamos no shopping que fica ao lado do Hotel. Pizza Hut.



Caminho para a Patagônia

22º dia - Puerto Mont - Frutillar
 
10/06 – levantamos às 09h. Como o quartel dos bombeiros ficava ao lado do hotel, El Candil, os sons dos brados não nos deixaram dormir. Houve um momento em que, na madrugada, Eliane se levantou e correu para a janela. No dia seguinte, ela disse que se assustou, pois, o tempo inteiro, na região, nos deparamos com avisos e histórias de terremotos e erupções vulcânicas. Fomos procurar um lugar para tomar café. Já eram 10h15. Desayunamos no supermercado que fica no shopping Passeo Costaneira. Em seguida, passeamos por Puerto Mont. Plaza de armas e feira de artesanato, onde vimos pelicanos, gaivotas e lobos marinos. As crianças alimentavam um dos lobos com salmões e os chamavam de panchito. Voltamos para o shopping onde comprei um polar e um pullover. Seguimos para Frutillar, passando por Puerto Varas, onde abastecemos o carro. Com muita dificuldade encontramos um lugar para almoçar. A cidade estava deserta. Tudo estava fechado. O que encontramos aberto estava caro. Almoçamos no restaurante Tiera del Fuego. Nos hospedamos no hostel Mini Market. Deixei a Lili dormindo e passeei pela orla do lago: Conhecei o teatro e por fim fui para uma lan, em Frutillar.

23º dia - Frutillar - Puerto Varas - Bariloche 
11/06 – levantamos às 08h. Fechamos a conta. O café foi bom, com uma deliciosa torta de amoras. De volta a Puerto Varas, abastecemos o carro novamente. Resolvi cortar o cabelo. Como os chilenos não tem experiência com cabelo de negro, dá para imaginar como ficou. Deixamos as mochilas no terminal para andar pela cidade, pois o ônibus iria sair às 15h30. Almoçamos na Plaza de Armas: sopa + talharim + bolonhesa + porção extra de arroz + coca média + torta de chocolate. Deixamos Puerto Varas, às 15h com destino a Bariloche. 17h, estávamos na alfândega chilena, que fica a 40 km da Argentina. Ocorre que foram duros 40 km. Muita neve. Tivemos que parar para por correntes nas rodas. De quebra, tivemos que socorrer alguns passageiros de ônibus que estavam atolados na neve. O australiano que quase ficou para trás na vinda para o Chile, agora havia esperado 5 horas atolado. Por fim, chegamos a Bariloche, por volta de 01h30 da manhã, horário local. Dividimos um táxi com o casal do novíssimo mundo. Nos hospedamos no hostel Periko´s. Por sorte, havia quarto para os dois casais. Detalhe: o Periko´s não é da rede HI.
 


24º dia - Bariloche
 
12/06 – Levantamos às 10h. Pegamos o ônibus no centro para o Cerro Catedral. Queríamos alugar roupas próprias para a neve, mas estávamos sem noção de preço e resolvemos tentar alugar no Cerro. Não foi uma boa idéia. A espera no ponto de ônibus rendeu. Conhecermos uma moça de Rosário, Ana Beltran, (delcia_ana@hotmail.com). Ficamos com ela o tempo todo. Almoçamos amburguesa com refrigerante. Na volta, tentamos passagens aéreas para Buenos Aires, mas a Aerolíneas Argentinas estava parada. A Lan Chile se aproveitando da situação operava com preços proibitivos. Ao cair da noite, passeamos pelo Centro. Na Calle Mitre, alugamos as roupas para neve. Como era dia dos namorados para os brasileiros, jantamos no Brava, Cordeiro Patagônico + arroz com champignos. Jantar romântico e delicioso.

25º dia - Bariloche 
13/06 – Era para levantarmos às 8h30, mas não conseguimos. Levantamos às 10h. Quase ficamos sem o café do Hostleing. Sacamos algum dinheiro no Visa Travell Money fomos para o Cero Catedral, onde tomamos aula de ski. Já à noite, junto a três equatorianos, vimos o Grêmio cair de três diante do Boca Juniors.
 

Serro Catedral
26º dia - Bariloche - Estrada 
14/06 – Levantamos às 09h. Fechamos a conta do hostel. Guardamos as mochilas na recepção e saímos para passear e almoçar. Visitamos o museu Patagônico no Centro Cívico. Na praça, há são bernardos para serem fotografados. No museu vimos algo que sintetiza a rivalidade entre argentinos e chilenos. Em uma das flechas pré-históricas estava escrito “esta ponta de flecha é encontrada apenas em território argentino, não no Chile”. Almoçamos no restaurante La Marca, ao lado do Centro Cívico ( bife choriso + coca 290 ml + extra de arroz + legumes ao vapor). Voltamos ao Hostel, pegamos as malas e tomamos um auto bus para o terminal. Seguimos para Buenos Aires às 15h. No bus, muito confortável, serviram lanche, jantar e café da manhã. Assistimos a três filmes. Valeu a pena termos comprado os bilhetes para o melhor ônibus que eles tinham disponível. A viagem, que nos veículos convencionais demora 24h, levou 20h no Tuto Leto. Nem sentimos. Viajar pelas cordilheiras nas duas primeiras poltronas, no andar superior do ônibus é algo impagável. Depois de cada curva, um cenário estupendo que se descortina a sua frente. Rios, lagos, montanhas, picos nevados. Como dizem os hermanos: inolvidable.
 

27º dia - Buenos Aires
 
15/08 - Chegamos na capital Argentina às 11h. Fomos abordados, no terminal por dois membros do HI. Um deles brasileiro. Foi para lá para jogar bola, machucou-se e acabou entrando para a rede HI. Nos indicaram o Hostel Suítes Obelisco, no centro. Sendo que tomamos um táxi, orientados por eles e tivemos o valor da corrida devolvido, quando fechamos a conta no HI. Na abordagem, disseram que se ficássemos por três noites, ganharíamos um cit tur, mas era mentira. Também nos disseram que não encontraríamos opções mais em conta no Centro de Buenos Aires, também era mentira. No Centro de informações turísticas, calle Corrientes, próximo ao Obelisco, recebemos informações preciosas. A atendente, que nos atendeu em português, nos ajudou a programar toda nossa estadia na cidade. Almoçamos na Corrientes. Bife à milanesa gigante, que sobrou a metade. Uma visita bastante interessante foi o mercado de antiguidades de San Telmo. De lá, fomos para Puerto Madeiro, onde visitamos uma embarcação museu. Chamou-me a atenção ser o local uma prefeitura naval, com segurança pública feita pela marinha, inclusive com vigilância realizada por circuito de câmeras. Jantamos pizza na Av. Corrientes. Daí, decidimos ir a uma casa de Tango tradicional, Confeteria Ideal.
 
. O espetáculo foi bastante interessante. Havia dois casais dançando e um cantando, alternadamente. O local que parecia ter sido suntuoso no passado, agora tinha um “quê” de melancolia. Muito legal. Com o fim do show, poderíamos ter ficado para o baile, como não é nossa praia fomos embora.

28º dia - Buenos Aires
 
16/06 – levantamos às 9h e tomamos café. Conhecemos uma paulista. A guria estava há uma semana em Buenos Aires. Ela nos deu boas dicas, principalmente quanto a Ricoleta. Adquirimos os bilhetes do Buque Bus, para Colônia Del Sacramento, na Av. Córdoba, 600, para a viagem mais rápida. Era uma promoção. Almoçamos na Recoleta, para onde fomos a pé. Na frente do cemitério estava muito caro. Optamos pelo Rodi Bar, Restaruante (pratos combinados: cerdo + fritas + huevo + ensalada e outra carne e guarnição). Endereço: Vicent lpoes, 1900. Depois do almoço, andamos pela feirinha da Recoleta. Seguimos a pé, para a Plaza San Martin e tomamos helados, na calle Florida. Também visitamos o Museu de Arte Moderna. Apenas quadros abstratos. Tem que gostar muito de arte para visitar, se não, não vale a pena. À noite, fomos á igreja. Como tínhamos pouco tempo e ainda não sabíamos como chegar lá, pois era longe, optamos por um táxi. Jantamos em um tenedor libre. Na igreja conhecemos um brasileiro de Floripa: o Sérgio era a sexta vez dele em Buenos Aires. Conhecemos também a família do Cláudio, que tem uma esposa capixaba, a Ângela. O casal e filhinhos nos acompanharam até a parada de ônibus.
 

29º dia - Buenos Aires 
17/06 – levantei ás 09h30 para o café. A Eliane permaneceu dormindo. Estávamos cansados da caminhada do dia anterior. Estávamos fazendo quase tudo a pé. Quando saímos para a peregrinação do dia, caminhamos até o La Boca. No caminho, a Eliane tomou café na Florida. Passamos pela feira dominical de San Telmo, que estava repleta de brasucas. O La Bomboneira estava fechado, uma pena. Almoçamos na região do Caminito. Almoço com tango. Foi muito divertido. Dois casais faziam apresentação de tango e de uma dança típica que não sei o nome. Parecia flamenco. No final, tiramos fotografias com os dançarinos. Do La Boca, fomos para o Palermo. Visitamos o museu Evita. Na verdade, teríamos que escolher entre visitar o zôo, o salão do automóvel ou o museu. Optamos pelo último. De lá pegamos um metrô para a linha A e depois um táxi.  Na igreja, conseguimos o contato das irmãs de Montevidéu. Da igreja, tomamos um ônibus para o metrô. Do metrô para o centro, não precisamos pagar pois o caja estava cerrado. Jantamos dois trios Big Mac. Encerramos o dia  ligando para o Brasil.

30º dia - Buenos Aires - Colônia do Sacramento - Montevidéu
 
18/06 – levantamos às 06h15. Check out. Recebemos o depósito de volta. Calculei que poderíamos levar trinta minutos a pé até o terminal. Levamos apenas 10 minutos. Tomamos café lá. Há uma espécie de self service onde comemos médias lunas + uma suco de laranja + um café expresso. Como chegamos antes das 07h, nos restou esperar o check in que iniciaria às 08h. O trajeto Buenos Aires foi muito rápido, cerca de 50 minutos. Na embarcação há um duty free. No terminal em Colônia, conhecemos um casal que mora no Peru. O cara era equatoriano. Adriana Ponse e Marco Char.
  Porém, no dia em que passamos ali, descobrimos que poderíamos ter levado, sem problemas, pesos argentinos ou dólares, que são moedas amplamente aceitas em Colônia. Em Montevidéu é diferente. Passeamos muito pela pequena cidade histórica. Conhecemos o Farol. Depois de subir tantos degraus chegamos a conclusão de que nós eh que deveríamos receber pela subida. Aliás, há que se prestar muita atenção para não bater com a cabeça durante a subida íngreme. Ainda assim, vale a pena subir. A vista lá de cima é linda. Visitamos todos os pequenos museus como uma só entrada. Almoçamos no restaurante Drogstore. Um restaurante contemporâneo bem transado. Pagamos com dólares e pesos argentinos. Às 16h30, nos despedimos de Colônia em direção à capital Uruguaia, onde chegamos depois de 01h45 na estação Três Cruces. Cambiamos um pouco de cada moeda e tomamos um bus para a Plaza Independência, que fica perto do Hotel Casablanca, onde ficamos por sugestão do Robson (que conheci no Mochileiros). Jantamos no restaurante chinês que fica em frente do hotel, que é um casarão antigo da família de uma senhora, dona Carmem. O restaurante só aceitava pagamento em efetivo.

Colônia do Sacramento
31º dia - Montevidéu 
19/06 – Levantamos tarde, às 10h30. Estávamos cansados da andança de ontem. O quarto, escuro e silencioso do casarão, garantiu o sono tranqüilo. Tomamos café da manhã no café-bar Restaurante Hispano; calle São José 1050. Café com leite + palmita + tostada + jugo de naranja. Fomos à Praça Independência onde sacamos fotos e conversamos com três velhinhos que faziam uma manifestação silenciosa flamulando uma bandeira que não conhecíamos. Perguntamos que bandeira era aquela e nos disseram que era a verdadeira bandeira do Uruguai. Segundo os anciãos, a atual bandeira da Republica Oriental do Uruguai foi imposta ao povo, após um golpe promovido pelas oligarquias locais, com apoio dos portenhos traidores. Ali, descobrimos que enquanto dormíamos a cerca de 500 metros do local, aquela praça havia recebido centenas de pessoas em apoio ao presidente Vasquez, que também se fez presente. Era o dia do “Nunca mais”. Vasquez havia proclamado a população para um pacto contra o terrorismo de Estado e golpes antidemocráticos. Um dos velhinhos havia nascido em 1920. Ele, muito entusiasmado, contou como sua madre o escondeu na revolução dos anos 40 e que, na década de 70, brasileiras que visitavam o Uruguai o convidaram para morar com elas no Brasil, porque ele era muito bonito. Lamentava não ter aceitado o convite. Almoçamos no Mercado Central. Restaurante L’amitie (abadejo + batata + arroz + 2 jugos de naranja). Nos disseram que o pescado vinha acompanhado de ensalada, porém para nossa surpresa a ensalada era uma batata. No restaurante, como no nordeste brasileiro, fomos abordados por senhores que cantavam músicas tradicionais, esperando propina. Em seguida, andamos pelas ruas da cidade antiga. Jantamos na casa de uma irmã da igreja. Foi muito edificante. A família era judia, composta por mãe, duas filhas e um rapaz, que ficou pouco conosco, pois foi para o centro de tradições judaicas. A matriarca, irmã Solange, abriu o culto e dirigiu o louvor, a filha primogênita, Karina, tocou e eu levei uma breve palavra em João 17:20 e 21. Depois do jantar chegou a irmã Tetê (brasileira), com sua filha uruguaia, Paty e nora, Virgínia. Está última quedou-se bastante quebrantada com o testemunho da Eliane, a ponto de se derramar em lágrimas. Foi uma noite muito edificante. Por fim, Fabiana e Karina nos levaram para o hotel, no caminho nos mostraram a universidade de Montevidéu e alguns pontos interessantes da cidade.
 

32º dia - Montevidéo - Punta Del Este
 
20/06 – Dona Carmem nos despertou às 06h30. Chegamos ao terminal às 08h e compramos bilhetes para Punta e Porto Alegre. Os preços eram tabelados pelo Ministério dos Transportes Uruguaio. Tanto faz sair para o Brasil de Punta ou Montevidéu. O preço era o mesmo. A empresa CIS concede desconto de 10% para estudantes, entretanto há que se pagar em efetivo. Como a empresa TTL, em razão do tabelamento, não pode diminuir o preço, fez uma promoção onde pagamos pelo Leito o que pagaríamos em ônibus semi-leito. Os bilhetes, para Punta, compramos pela COT. Tomamos café da manhã no MC Donald. Partimos às 09h20 de Montevidéu e chegamos às 11h20 em Punta. Tomamos informações no Centro de informações turísticas do terminal. Deixamos as mochilas e passamos a caminhar pela orla. Vimos um lobo marinho fora da água. O bicho estava sendo alimentado por pescadores que preparavam pescados. Incrível. Almoçamos em um restaurante popular, chamado El Milagre. Comemos guisado de porotos. Foi interessante comermos feijão somente no último dia no exterior. Depois do almoço, procurarmos um restaurante que servisse um típico postre uruguaio. Encontramos o El Metejon, no cruzamento da Av. Gorlero com a Abanque. Foi delicioso. Em seguida, tomamos um bus para a Casa Pueblo. Não tivemos uma boa experiência. Primeiro porque estava nublado e a visão do local com céu aberto é linda. Segundo, tivemos que andar muito até chegar à casa, em meio a nevoeiro intenso. Terceiro, porque chegamos à casa e não nos avisaram o horário de encerramento das atividades. Nos colocaram para assistir a um vídeo extremamente narcisista com falas do autor da casa. Antes de o vídeo acabar, nos chamaram para participar da cerimônia do por do sol. Findada a declamação do poema, começaram a apagar as luzes e fechar as janelas. Por fim, sem ver nada na casa tivemos que andar os dois quilômetros de volta até a parada de ônibus, em meio à escuridão. Para piorar, passamos por um canteiro de obras, que estava em fim de expediente. Dois dos trabalhadores deixaram o ônibus da empresa e vieram andando atrás da gente. Como policial, já conheci o mal de perto. Confesso que temi pela nossa segurança, principalmente pela Eliane. Porém, graças a Deus, tomamos um ônibus de volta para Punta em segurança. Por volta das 22h, retornamos para o terminal e esperamos o ônibus passar para nos buscar. O que ocorreu com uma hora de atraso. Para deixar as bagagens no locker do terminal não é necessário pagar custódia: a contribuição é voluntária.
 


Postres Uruguaios - que delícia!!!


33º dia - Porto Alegre - Canela
 
21/06 – Em fim, em solo brasileiro, às 08h35. O primeiro ônibus para Canela saia às 08h45. Corri, mas pela demora no atendimento no guichê da empresa CITRAL, não deu tempo de embarcar de imediato. Enquanto esperávamos tomamos café com leite + suco. Chegamos em Canela ás 12h. Nos hospedamos no HI que fica na frente do terminal. Pechinchamos e conseguimos  R$ 120,00 por dois dias. Banheiro privativo + TV á cabo. Almoçamos no restaurante Dalla. Estavamos com saudade da fartura do buffet brasileiro.


34º dia - Canela - Gramado 
22/06 – Levantamos as 08h. O ônibus do city tur nos pegou às 08h30. Depois de 04 hotéis, paramos no parque do Lago Negro, em Gramado. Visitamos o Hollywood Dream´s Car. Na seqüência, conhecemos o mundo a vapor; castelinho caracol, onde comemos um delicioso apfelstrudel com sorvete. O parque Caracol, apesar de lindo aos olhos, era fétido ao olfato (em razão do esgoto que poluía o rio. Gramado & Canela são cidades que nasceram para o turismo. Tudo é artificial. Ainda assim, durante nossa passagem por lá, não conseguimos informações suficientes para fazer passeios de forma independente. Estava havendo um congresso médico na região e não havia carros para alugar. No HI e no centro de informações turísticas de Canela, recebemos informações erradas e por isso não conseguimos visitar os cânios.
 



Canela
35º dia - Canela - Porto Alegre - Brasília 
23/06 – Levantamos às 07h30, tomamos café, deixamos as malas no HI e seguimos para o rafiting. O fizemos com a JM rafting (www.jmrafting.com.br). O instrutor, Maicon, foi muito profissional. Nos acompanharam um casal de SP e um cara de PE. Chegamos no hotel às 12h20. Almoçamos e seguimos para a capital Gaúcha. Da rodoviária para o aeroporto fomos de metrô. Ao chegarmos no ponto do aeroporto havia um micro que nos levou até as instalações, já que distancia era considerável. Em razão da crise do relaxa e goza, esperamos 01h a mais do que era previsto para embarcar. Por fim, chegamos na capital de todos os brasileiros, em segurança, felizes e com muita história na mochila.
 




Chegando a Brasília





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