Do Cairo para casa


Platô de Giza


Cairo, último destino de nossa aventura de 180º em 180 dias. Havíamos separado apenas três dias para a cidade. Era apenas uma pequena degustação. Dos países que visitamos ao longo desses seis meses, pela distância da Europa, o Egito é um dos mais acessíveis para um eventual retorno. Sabendo disso, concentramos nossa visita naquilo que julgamos ser essencial: Pirâmides, Museu e Bairro Mulçumano.


Por outro lado, dada a excelente localização do hotel Ismailia, também, aproveitamos para bater perna no frenético centro da cidade e relaxar em um jardim as margens do Nilo.
Para quem deseja visitar a cidade a partir do oriente próximo, uma boa notícia: os preços no Cairo são absurdamente inferiores daqueles praticados em Israel, Jordânia e Dubai.
Assim, nos hospedamos em um quarto enorme, com excelente vista da cidade, por módicos trinta e cinco reais a diária, incluso café da manhã. Tá certo que o banheiro era compartilhado e o elevador do hotel está lá desde os anos trinta (elevador de gaiola). Todavia, o hotel Ismailia apresentava boas condições de higiene e espaços comuns que nos permitiram interagir com viajantes oriundos do mundo inteiro.


Centro de Cairo a partir do Hotel Ismailia

No entanto, para uma boa experiência na cidade, é preciso muitíssimo bom humor e estar vacinado contra golpes. O trânsito é caótico. Todos buzinam ao mesmo tempo e pedestre não tem vez. Para completar, a todo instante alguém tenta te enrolar. São vendedores de perfumes falsos, guias turísticos mentirosos, pessoas que se passam por agentes do governo, etc.

Para ir às pirâmides, por exemplo, é muito fácil e barato. Dá para chegar lá por meio de taxi, com preço negociado com antecedência ou por transporte público. Entretanto, no deslocamento de 500 metros entre o ponto de ônibus e a entrada principal do complexo, vão te oferecer burros, cavalos e camelos, dizendo que a distancia e enorme. O que não é verdade. E mesmo que você esteja indo na direção certa, picaretas vão dizer que a entrada fica do lado oposto, para que você fique a mercê deles. Em regra, esses caras se aproximam amistosamente perguntando nacionalidade e mostrando simpatia, então, quando percebem que o incauto está no papo, dão o golpe. Não tivemos problemas porque pesquisamos muito e não cedemos às investidas.


Na porta do museu, por exemplo, um cara saiu de uma agência e disse que esse estava fechado para visitas individuais, estando aberto apenas para grupos. Não demos idéia e daqui a pouco confirmamos a mentira. Foram muitas investidas de golpistas desse naipe, não vamos descrevê-las aqui para não cansar o leitor.


Por outro lado, a visita as pirâmides é algo para se recordar por toda a vida. Há um conjunto de pirâmides (as três principais) bem próximo a esfinge que pode ser visitado a pé. Há outra mais distante. Ficamos na primeira opção e passamos um bom tempo no complexo. Foi um verdadeiro mergulho no berço da civilização.

Giza


Giza

Já o Museu nacional do Cairo, apesar de estar em um prédio antigo e quente, possui um acervo prá lá de especial. O ponto alto de nossa visita foi à sala onde ficam as múmias de vários faraós e rainhas das mais diversas dinastias egípcias. Também, não poderíamos deixar de destacar o tesouro de Tutankamon. Formidável.


Outro destino visitado por nós, mas não tão famoso, foi o bairro mulçumano. Edificado na idade média e muito bem preservada, o quarteirão promove uma verdadeira viagem no tempo. Por ali, ainda se é possível fazer compras no famoso Mercado do Cairo.
Bairro Mulçumano
Por fim, era chegada a hora de voltarmos para casa. Depois de 35h, entre conexões no Bahein, Dubai e São Paulo, chegamos a nossa querida Capital da Esperança.
Aeroporto JK, Brasília

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