Israel II - Da Galiléia a Massada
Tel Aviv
Na sequência de nossa viagem por Israel, seguimos de Jerusalém para a região da Galiléia. Percorrendo cerca de duas horas e meia de transporte público, cruzando Samaria e outras regiões da Cisjordânia, chegamos a Tiberíades, principal cidade localizada as margens do lindo lago. Era quase 13h de uma sexta-feira, o que significava que tínhamos que nos apressar para conseguir informações e a acomodação, por conta do Shabah dos judeus, quando quase tudo fica fechado até o por do sol de sábado.
Terminamos nos hospedando no hostel de um judeu chamado Raphael que, muito prestativo, nos municiou com muitas informações, além de nos ter dado um bom desconto em um quarto de casal, com ducha, internet, TV, wireless, ar condicionado e acesso livre a cozinha.
Tendo garantido um lugar para dormir, fomos comprar os itens de supermercado para as refeições dos dois dias que ficaríamos por ali. Ao cair da tarde, nos juntamos a um grupo de árabes e judeus que estavam assistindo o jogo Brasil-Holanda em uma lanchonete. Incrível ver todos, os primeiros mais espontâneos, os segundos mais sisudos, unidos em suporte a seleção brasileira. Apesar do decepcionante resultado do jogo, foi uma experiência muito interessante presenciar a convivência harmônica entre povos marcados por tantos conflitos.
Rio Jordão - Galiléia
Terminado o jogo, passeamos pela orla do lago e pelas ruínas que restaram da fundação da cidade pelos romanos, da passagem dos cruzados e da sinagoga construída no século XVIII por judeus que começaram a voltar à terra de seus pais, após séculos de diáspora.
No dia seguinte, por sugestão do Raphael, alugamos bicicletas e enfrentando o sol forte, e pedalamos cerca de 30 km volta do lago. Foi dureza, mas, conhecer Rio Jordão e montes dos gadarenos, e mergulhar no bíblico Mar (lago) da Galiléia, foi recompensador.
Massada
Definitivamente, a região merecia mais um ou dois dias, entretanto, precisamos cumprir nosso cronograma, então, levantamos cedo e partimos para Tel Aviv. Ao contrário do que havíamos experimentado até o momento em Israel, foi muito difícil encontrarmos acomodação na cidade, que estava repleta de turistas. Sem outra opção, tivemos que pagar caro para nos hospedarmos em uma suíte de luxo, única restante nas redondezas. Desde a Tailândia, havíamos estado apenas em acomodações muito simples, por isso, no final, valeu a pena nos permitirmos essa indulgência mesmo que compulsoriamente.
Tel Aviv é uma cidade moderna e cosmopolita. Nessa visita rápida, caminhamos por um de seus mercados de rua e ao logo de sua equipada beira mar, onde, por fim, relaxamos, vendo à vida passar.
Restando-nos apenas duas noites mais em Israel, tomamos um ônibus para o terminal de Jerusalém, para, dali, descermos ao Mar Morto. Escolhemos nos basear em Ein Gedi. Como o YHA (albergue da juventude) estava lotado, tivemos que nos hospedar no Fild School, escola ecológica que fica no topo do monte Sarah, a esquerda do Kibutz Ein Gedi. Na mesma tarde, experimentamos nossos corpos flutuarem livremente nas águas do Mar Morto.
Mar Morto
Para encerrar nossa passagem por Israel, visitamos Massada. Tomamos um ônibus convencional na porta do hostel. Passada cerca de uma hora, já estávamos subindo as ruínas no teleférico, na volta, descemos seguindo o zig-zag a pé.
Não há como não ser impactado pela história do lugar. Desde a audaciosa construção no topo de uma montanha, durante o reinado de Erodes, até a resistência dos últimos judeus em face da fúria do Império Romano, tudo impressiona.
Por fim, seguimos para Eilate, onde depois de uma viagem de quatro horas e meia, já estávamos cruzando a fronteira para Aqaba na Jordânia. Tendo tomado o cuidado para não termos nossos passaportes carimbados em nenhum dos lados da fronteira, conseguimos que as estampas fossem postos em formulários avulsos. Essa estratégia nos garantiu uma tranqüila passagem por Dubai nos dias que se seguiram. Estava concluída nossa visita à Israel.
Plantando bananeira no deserto - Galiléia
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