Vida na shared

Aqui no apê da Flávia, vivemos em cinco: nós, o casal; uma garota coreana; outra chinesa; e a dona que é brasileira. Depois de mais de quatro anos vivendo em nossa própria casa, estamos aprendendo novamente a ceder um pouco em termos de privacidade.

Você quer ir ao banheiro tomar banho: está ocupado.. Quer fazer comida.. cozinha ocupada. deseja assistir televisão... a chinesinha está vendo um filme em chinês que não tem legenda em inglês... Por outro lado, são meros detalhes que quando comparados com o benefício do intercâmbio cultural não significam tanto assim.

Para que não sabe, shared pode ser uma casa ou um apartamento onde pessoas dividem os espaços comuns como cozinha, sala, banheiro, etc. No Brasil, quando os filhos crescem e deixam a casa dos pais, alguns pais transformam esses quartos em quartos de visita, outros preservam o quarto como um museu particular do filho, e ainda há aqueles que simplesmente se mudam para uma casa menor. Na Australia, em geral, o quarto livre é alugado.

No nosso caso, a Flávia alugou um apartamento de três quartos, vive em um deles e sublocou os outros dois. Isso ocorre porque os alugueis aqui são extremamente caros. Paga-se por semana aquilo que pagaríamos por mês em um apto em Brasília, por exemplo. Assim, para minimizar os custos, ou levantar uma graninha, as pessoas fazem como nossa anfitriã.


Flatmates: Cecília (China), Hanna (Coréa), Lili

A companhia da Flávia é muito legal. Ela é divertida e boa de conversa. Às vezes, vamos dormir bem tarde porque ficamos conversando horas!

É uma pessoa que ralou muito para conquistar o que tem hoje. O apt. é bastante legal, bem arrumado, tudo do bom e do melhor. Ainda temos no prédio: sauna, academia de ginástica e piscina aquecida. Tudo fruto de muita batalha.

Percebemos que, em regra, os brasileiros bem sucedidos que estão aqui há algum tempo passaram maus bocados no começo. Ouvindo as histórias, a gente ri muito. Todavia, quando nos colocamos no lugar deles, vemos que são pessoas de muita raça e determinação, porque poderiam voltar para o Brasil ou pedir dinheiro para os pais em muitos momentos, mas não o fizeram.

Isso nos mostra que as coisas não caem do céu. Tudo depende de muita batalha. E mesmo quando cai do céu, presente de Deus, é fruto de muita batalha também, mas espiritual. Oração, jejum, madrugada, etc. Vitória fácil pode desconfiar. Uma que você não valoriza. Segundo que quando a coisa aperta você sofre duas vezes porque não tem base, alicerce, experiências.

Comentários

  1. Deve ser muito interessante morar um tempo assim!!!

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  2. Oi Thaís!!

    Que bom que nos visitou!!

    É de fato bem diferente do que estamos habituados porque a nossa cultura não é essa. Mas vale a pena a experiência. Hoje depois de mais de 2 meses fora de casa já estou começando a sentir vontade de estar no meu próprio lugar. De vez em quando a gente sente falta.

    Mas ainda assim vale a pena porque sempre tem gente em casa para jogar conversa fora! *rs*

    Beijos!!

    Eliane

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